O choro, uma das mais antigas músicas populares
urbanas em atividade, com cerca de 150 anos de existência, foi a grande escola
dos mais importantes músicos brasileiros, como Anacleto de Medeiros, Ernesto
Nazareth, Pixinguinha, Sivuca, Hermeto Paschoal, Tom Jobim, Altamiro Carrilho,
Baden Powell, Raphael Rabello, entre tantos outros.
Surgiu em meados do século XIX no Rio de Janeiro, a
partir de influências diversas que confluíam para a então capital do Brasil, e
rapidamente se espalhou por todo o país. Durante o século XX, o choro conheceu
um notável desenvolvimento, tanto em termos de composição, interpretação e
registro quanto em alcance, tornando-se sem dúvida uma música nacional.
Matéria-prima de compositores que estruturaram a música brasileira, inclusive a
de concerto, como Villa-Lobos, Radamés Gnattali e Guerra-Peixe, o choro
contribuiu para fazer a nossa música respeitada em todo o mundo.
A partir dos anos 60, entretanto, sem espaço nas
rádios, TVs e demais veículos de comunicação de massa, o gênero passou a ser
menos divulgado, e frequentemente rotulado com uma "música do
passado".
É esse o panorama que a OFICINA BRASIL vem
revertendo, por entender que o choro e consequentemente, enquanto uma das maiores riquezas culturais do Brasil, deve ser
continuamente explorado, pesquisado e conhecido, para gerar cada vez mais
frutos.
Graças à sua metodologia de ensino, que privilegia a prática e o estudo
histórico da musica instrumental brasileira, a OFICINA BRASIL vem incentivando
jovens e adultos instrumentistas que, por seu estudo do repertório dos mestres
dos séculos passados, colaboram para o alargamento do repertório contemporâneo e
para a formação de novos violonistas de forma fundamentada, com base em
referências sólidas.